A tempestade tropical Francine, que avança rapidamente sobre o Golfo do México, está prestes a se tornar um furacão, causando preocupação e mobilizando ações emergenciais na Costa do Golfo dos EUA. Prevista para atingir a Louisiana nesta quarta-feira (11), a tempestade já está sendo considerada uma séria ameaça, com ventos fortes, chuvas torrenciais e a previsão de uma perigosa maré de tempestade que pode alcançar até três metros de altura.
Com a intensificação de Francine, autoridades locais emitiram ordens de evacuação obrigatória para diversas comunidades costeiras, enquanto escolas foram fechadas e sacos de areia começaram a ser distribuídos para proteger áreas vulneráveis. A tempestade também provocou a interrupção das atividades em várias plataformas de petróleo e gás, que representam 15% da produção de petróleo e 2% da de gás natural dos EUA.
Empresas do setor energético, como Exxon Mobil, Chevron e Shell, já iniciaram a evacuação de trabalhadores das plataformas offshore. A produção nas plantas de exportação de gás natural liquefeito (GNL) na Louisiana, como Cameron LNG e Calcasieu Pass LNG, foi reduzida drasticamente em resposta à tempestade. Dados recentes indicam que o fluxo de gás para a planta Cameron LNG caiu para 1,3 bilhão de pés cúbicos por dia, uma redução significativa em comparação com os 2,2 bilhões registrados na segunda-feira.
Além do impacto nas plataformas e nas plantas de GNL, portos importantes como Houston, Galveston e Corpus Christi também adotaram medidas restritivas, enquanto outros terminais menores no Texas foram completamente fechados.
O National Hurricane Center alerta que Francine será um grande teste para a infraestrutura energética da região, que inclui refinarias de petróleo e plantas de GNL. O impacto da tempestade já está sendo sentido nos mercados: os preços do gás natural subiram 2% devido às paralisações, enquanto o petróleo registrou uma queda de mais de 5% em seus futuros, pressionado por preocupações com a demanda global.
Enquanto Francine avança em direção à costa, o sistema de gasoduto Manta Ray Gas Gathering, operado pela Enbridge, declarou força maior, interrompendo o recebimento de gás natural em diversos pontos do Golfo. A expectativa é de que o centro da tempestade atinja o estado do Mississippi na quinta-feira (12), com potencial para causar danos adicionais em outras regiões do sul dos EUA.
A tempestade Francine marca mais um desafio climático para uma região já acostumada a lidar com furacões, mas que, neste caso, se vê pressionada pela nova infraestrutura de exportação de GNL que foi construída para abastecer o mercado global.
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