
Um tribunal da África do Sul impôs um duro revés à gigante francesa TotalEnergies ao bloquear a licença de exploração de petróleo offshore na Costa do Cabo. A decisão também afetou a Shell, parceira da empresa no projeto.
O juiz responsável concluiu que as autorizações ambientais concedidas pelo governo não avaliaram de forma adequada os riscos socioeconômicos de possíveis vazamentos de petróleo, bem como os impactos mais amplos das mudanças climáticas. A área em questão cobre aproximadamente 10 mil quilômetros quadrados no mar sul-africano.
Apesar da suspensão, a corte deixou em aberto a possibilidade de revisão, permitindo que as companhias corrijam as falhas apontadas. Entre as exigências, estão estudos aprofundados sobre riscos ambientais, impactos climáticos e os efeitos diretos nas comunidades pesqueiras e costeiras que dependem da região.
A ação foi movida por duas organizações ambientais, que questionaram a falta de abrangência da análise feita pelo governo. Segundo elas, os documentos apresentados não abordaram toda a gama de consequências socioambientais.
O caso é apenas mais um de uma série de batalhas judiciais entre empresas petrolíferas e entidades ambientalistas que se intensificam na África do Sul. O episódio reflete a crescente pressão global por maior rigor em projetos de exploração de combustíveis fósseis, especialmente diante da crise climática e da necessidade de alternativas energéticas sustentáveis.
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