
O banco de investimentos UBS manteve sua recomendação de compra para o petróleo brasileiro, mas reduziu o preço-alvo das ações para US$ 14,4, refletindo uma postura mais cautelosa diante das dinâmicas do mercado energético global. A decisão considera fatores como o equilíbrio frágil entre oferta e demanda, além da atuação estratégica da Petrobras no setor de biocombustíveis.
Perspectiva global: pico da demanda e aumento da oferta
O UBS prevê que os preços do petróleo Brent permanecerão na faixa de US$ 60 a US$ 70 por barril no curto prazo, impulsionados por estoques reduzidos nos países da OCDE e por uma demanda sazonal elevada, que deve atingir o pico em agosto de 2025. Após isso, espera-se uma leve desaceleração.
Do lado da oferta, o relatório destaca que o Brasil continua a bater recordes de produção, enquanto os Estados Unidos ampliam sua atuação ao autorizar a Chevron (CVX) a retomar operações na Venezuela — uma medida que pode mitigar riscos de escassez.
Estratégia da Petrobras reacende aposta no etanol
Outro ponto analisado pelo UBS é o reposicionamento da Petrobras (PBR) no setor de biocombustíveis. A estatal estuda um investimento estratégico na Raízen, líder mundial em açúcar e etanol, numa possível reentrada no mercado de etanol, após anos de retirada planejada do segmento.
A Raízen, controlada pela Shell e pela Cosan, enfrenta um momento delicado após resultados financeiros abaixo do esperado, que derrubaram suas ações para mínimas históricas — o que pode abrir espaço para uma nova composição acionária.
Projeções para o Brent até 2026
Segundo o UBS, o preço do Brent deve atingir US$ 62 por barril em dezembro de 2025 e março de 2026, com previsão de alcançar US$ 65 até meados de 2026. Esses níveis são sustentados, em parte, por fatores climáticos: dados da JODI mostram que o uso direto de petróleo bruto na Arábia Saudita cresceu para 674 mil barris por dia em junho, devido ao calor extremo — mantendo estáveis as exportações do país, mesmo com a reversão parcial dos cortes da OPEP+.
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