A Petrobras alcançou um marco significativo com a inauguração da primeira fase da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) no Complexo Energético Boaventura, localizado em Itaboraí, Rio de Janeiro. Esta operação é parte do projeto Rota 3, uma iniciativa destinada a expandir o transporte e processamento do gás natural proveniente do pré-sal, fortalecendo o fornecimento de energia para o Brasil e reduzindo a dependência de importações.
Expansão do Transporte e Processamento de Gás
O projeto Rota 3, que inclui um gasoduto de 355 km, sendo 307 km no mar e 48 km em terra, conecta o cluster do pré-sal da Bacia de Santos diretamente à UPGN de Boaventura. Atualmente, o Trem 1 do complexo processa 10,5 milhões de m³ de gás natural por dia, mas, até o final do ano, o Trem 2 entrará em operação, dobrando a capacidade total para 21 milhões de m³/dia. Esta infraestrutura robusta visa otimizar o escoamento dos campos do pré-sal, como Tupi e Búzios, além de ampliar o impacto do setor de gás na economia brasileira.
Um Marco na Sustentabilidade Energética
Com foco na produção de energia mais limpa, o projeto Rota 3 busca alinhar a Petrobras às demandas por um futuro de baixo carbono. A UPGN Boaventura tem capacidade para processar gás natural, GLP e outros derivados, incluindo o C5+, utilizado na petroquímica. Esse processo ajuda a atender ao mercado residencial e comercial de maneira mais sustentável, ao mesmo tempo em que monetiza a produção de gás do pré-sal.
Segundo Renata Baruzzi, diretora de engenharia da Petrobras, o projeto proporciona flexibilidade às operações da empresa, já que o gás pode ser distribuído para diversas unidades de processamento, otimizando o uso dos recursos e adaptando-se às necessidades do mercado interno.
Impacto Econômico e Competitividade no Setor de Gás
Além de fortalecer a oferta de gás para o mercado interno, a Rota 3 aumenta a competitividade da Petrobras no setor de energia. Em 2023, a empresa assinou 34 contratos de fornecimento de gás natural, representando mais de 70 bilhões de m³ em vendas previstas até 2034. Esse avanço não apenas eleva a participação da Petrobras no mercado nacional como também promove a independência energética do Brasil.
Planos de Expansão e Novos Projetos
A Petrobras continua expandindo o Complexo Boaventura com novos projetos. Duas usinas termelétricas a gás estão programadas para iniciar em 2025, além de instalações para a produção de combustíveis com baixo teor de enxofre e óleos básicos lubrificantes. Esses investimentos reforçam o compromisso da Petrobras em modernizar sua infraestrutura, alinhando-a aos padrões de sustentabilidade e promovendo o desenvolvimento econômico e energético do Brasil.
O início da operação da UPGN Boaventura é um marco para a Petrobras e para o setor de gás natural no Brasil. A estrutura robusta e a capacidade de dobrar o processamento de gás até o final de 2024 demonstram a importância do projeto Rota 3 para o país. Com esse avanço, a Petrobras não só fortalece sua posição como fornecedora de energia mais limpa e sustentável, mas também contribui para a independência energética e o desenvolvimento econômico do Brasil.
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